Registrada no STF como a petição 6.052, a investigação sigilosa ainda é inicial e caberá aos aos procuradores levantar provas se de fato houve pagamentos ao senador. Ele nega. O indício surgiu a partir demensagens de celular trocadas entre Marcelo Odebrecht e seu subordinado Benedicto Barbosa da Silva Júnior, logo após a eleição de 2014.
Benedicto é um dos principais executivos da Odebrecht e ganhou notoriedade por manter um controle de valores ligados a mais de 200 políticos. Assim como o chefe Marcelo Odebrecht, ele chegou a ser preso pela Lava Jato. As conversas foram apreendidas pela Polícia Federal na fase da Operação Lava Jato que prendeu Marcelo Odebrecht.
A suspeita é que a Odebrecht pagou R$ 100 mil de caixa dois para Romário, após a eleição vitoriosa para o Senado, em 2014. Na petição levada ao Supremo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que a conversa entre os dois empresários é um indício da “prática habitual e sistemática de pagamento de propina”.
Apesar de o diálogo citar R$ 100 mil para Romário, oficialmente não houve doações para o candidato, o que levantou à suspeita de caixa dois. A investigação, contudo, ainda está nos primeiros passos para tentar descobrir se efetivamente foi pago o montante tratado nas conversas.
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