Assim como os outros seres vivos, os anfíbios também possuem mecanismos de defesa que ajudam a protegê-los dos predadores. As estratégias são variadas. Diversas espécies têm glândulas de veneno, enquanto outras produzem secreções de gosto ruim ou mesmo altamente tóxica, capaz de afugentar outros animais.
Mecanismos de proteção
Além da capacidade de saltar para fugir de situações de perigo iminente, muitas espécies possuem glândulas que liberam substâncias tóxicas, potentes o suficiente para afugentar e até matar predadores. As cores também funcionam como mecanismo de proteção. Elas podem ajudar o animal a se camuflar no ambiente, auxiliando-o a se esconder de um ataque ou a se preparar para captura de uma presa.
Coloridos e Venenosos
Nas florestas tropicais, como na Amazônia, encontram-se as coloridas rãs da família Dendrobatidae. Embora muito pequenas, não devem ser menosprezadas. Suas cores vibrantes (amarelo, azul, vermelho ou verde) funcionam como aviso ao inimigo para se afastar de seupotente veneno.
Essa secreção é capaz de afetar o funcionamento dos músculos e do cérebro, e tem o poder de paralisar imediatamente umaave ou um macaco (algumas espécies podem conter veneno suficiente para matar seis homens).
Já a rã-pimenta foi batizada com esse nome porque sua secreção causa ardência e irritação na pele da vítima, além de poder provocarnáuseas. Alguns sapos, como o Bufo marinus, possuem um grande par de glândulas na região do pescoço (que produzem um veneno fortíssimo, que pode levar à morte animais de porte médio, como o cachorro).
Outros sapos são capazes de produzir uma substância que pode irritar a pele. Alguns, ainda, chegam a secretar veneno com propriedades alucinógenas.
Camuflagem
As cores também desempenham outro importante papel. Alguns anfíbios chegam a mudar de cor com a alteração da temperatura ou luminosidade do ambiente. Essa variação é possível graças à grande quantidade de pigmentos coloridos de suas células.
Além da cor, a forma pode ser útil para se proteger dos predadores. Duas espécies de sapo-pipa, encontradas na Amazônia e no Nordeste brasileiro, apresentam forma achatada e coloração marrom-esverdeada, que contribuem na camuflagem em seu habitat, confundindo-as com folhas mortas.
Esse pequenos anfíbios de cores variadas não só trazem beleza e perigo, também são usados em ampla variedade entre usos científicos, educacionais e comerciais.
O estudo dos anfíbios permitiu não apenas compreender melhor a evolução dos animais vertebrados ao longo de milhões de anos, como aprimorou os conhecimentos em diversas áreas científicas, como farmacologia, fisiologia e embriologia.
Em escolas, sapos e rãs costumam ser utilizados em aulas de biologia para o estudo de anatomia, entre outros fins. Ainda hoje é comum, em laboratórios de escolas de ensino fundamental, observar ametamorfose de girinos, que ficam alojados em pequenos aquários. Sapos e rãs também são usados como isca de pesca e em criações comerciais.
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