Mortes trágicas de crianças fazem parte da rotina dos moradores da cidade de Alepo, na Síria, um dos focos do conflito no país. A morte da pequena Eman, de 4 anos, é mais um exemplo. Ela confundiu uma bomba com um brinquedo e ficou gravemente ferida na explosão do artefato. A menina foi levada de ambulância ao hospital e submetida a uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu nesta terça-feira.
De acordo com o pai de Eman, que não teve a identidade divulgada, eles haviam saído de casa para buscar água. Quando avistou o explosivo, ela achou que era uma “bola prateada”, disse o pai à emissora britânica ITV.
Eman foi atingida por um dos projéteis das chamadas bombas de fragmentação, que liberam explosivos menores com capacidade para explodir dias após o lançamento da bomba. Mais de cem países já assinaram um tratado para banir o uso, a produção e o armazenamento desse tipo de munição até o ano de 2030.
Outra menina da mesma faixa etária também está internada no hospital em que Eman foi atendida, mas os médicos não conseguiram identificá-la. Segundo aITV, a equipe do hospital acredita que seus pais morreram no mesmo bombardeio que feriu a criança.
Na semana passada, 96 crianças foram mortas em ataques aéreos na cidade de Alepo, segundo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Após diversos bombardeios que atingiram hospitais da região, apenas cinco seguem em funcionamento. “Há 29 médicos para tratar um número estarrecedor de feridos”, disse em nota a Sociedade Médica Síria-Americana (SAMS, na sigla em inglês).
Fonte: Veja.Abril
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