quarta-feira, 6 de julho de 2016

Sem bisturi, cortes ou dores, cirurgia espiritual propõe cura; veja casos que teriam dado certo

Casos sem diagnósticos através da medicina comum, doenças que aparecem “do nada”, pacientes sem solução. Procedimento comum na doutrina espírita, a cirurgia espiritual tem a proposta de resolver os casos desenganados pelos médicos, como também  auxiliar outros, onde as pessoas precisem operar, mas não querem ser submetidas ao bisturi. Para fazer o procedimento, é necessário um dia de repouso e uma dieta prescrita pelo cirurgião espiritual.
O servidor público federal Adriano Mendes, presidente de um centro espírita famoso em Salvador, realiza o procedimento há quatro anos e afirma que, desde que a pessoa não abdique do tratamento médico, a cirurgia espiritual é indicada em qualquer caso. “Os efeitos são extremamente positivos, dessas práticas complementares. Sempre vai ajudar, porque trabalha o indivíduo de forma integral. A parte física, o emocional, e a parte espiritual. Sempre é indicado como algo complementar ao tratamento médico convencional”, afirma ao Varela Notícias.
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Questionado sobre como são tratados os casos desenganados pela medicina tradicional, Adriano explica: “Existem doenças que são relacionadas a obsessão espiritual. É difícil falar de forma genérica, mas, quando normalmente existe um quadro de doença acentuada, principalmente os casos psiquiátricos,  mas também nos quadros físicos, observamos a obsessão espiritual ali, inclusive porque a doença em regra, ela se instala primeiro no corpo energético da pessoa, para depois se manifestar no corpo físico.  Ai que entra o trabalho vibracional”.
O cirurgião espiritual contou ainda de que forma os espíritos obsessores podem influenciar ao ponto de deixar uma pessoa enferma. “Isso é possível, mas depende muito da pessoa. Eu sempre recomendo um autocuidado: respeito a tudo o que você fala, ao que você faz, como você se comporta, como você se alimenta. Sempre que abrimos brecha, estamos sujeitos a influências espirituais. O que torna o indivíduo livre dessas influências é sua própria retidão de caráter e de costumes. Não existe outra forma”.
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Adriano contou ainda como o processo é realizado: “Não é necessário corte físico. Alguns cirurgiões espirituais procedem assim, mas eu não. Os cortes que faço são a nível da estrutura energética da pessoa, nesses casos eu uso cristal. Corte físico é para médico convencional. Geralmente as pessoas que realizam o processo, são espíritos de médicos reencarnados”.
O que os médicos acham?
Um assunto polêmico por não ser palpável e conflitar com os princípios da medicina tradicional, que trabalha em cima de comprovações e diagnósticos, a cirurgia espiritual  divide a opinião de médicos, sejam eles espíritas ou não. Para o cirurgião José Pedro, o procedimento não possui o poder de curar a pessoa. Para o profissional, a mente faz tudo.
“Essas cirurgias espirituais, o que acontece, as pessoas que se submetem geralmente possuem muita fé de que irão ser curadas. Mas na verdade o que ocorre, o fator psicológico ele é extremamente poderoso. As vezes, o que faz a pessoa desenvolver determinada enfermidade está diretamente ligado a um modo de vida desregular – álcool em excesso, má alimentação,  ou ao próprio fator psicológico mesmo, que assim como tem o poder da cura, tem o poder da enfermidade”, pondera.
“O que eu quero dizer, eu atendo um número muito grande de pessoas por dia e, te afirmou que 80% dos casos dos meus pacientes é de fator psicológico. As vezes a pessoa não tem nada, apenas uma dor causada por má postura ou porquê se esforçou demais em determinada atividade sem preparo e diz assim: ‘dr. com certeza estou com ligamento rompido’, ou ‘dr.tive uma distensão’. O que esse tipo de processo propõe –  que as pessoas reorganizem seus hábitos, passem a ter costumes saudáveis e, isso aliado ao psicológico, vai fazer com que ela apresente uma melhora”, completa.
Médico
Já a pediatra Valdete Nunes acredita que o processo espiritual pode ajudar na cura: “A medicina tradicional trabalha justamente com fatos e comprovações científicas. O trabalho espiritual é apenas coadjuvante, auxilia no tratamento. A tradicional não trabalha apenas com o espiritual, mas sim, através de exames e comprovações. E esse trabalho será feito dentro do que for provado e com o tratamento adequado dessas patologias”.
Questionada sobre como o Conselho de Medicina lidar com esses profissionais, a médica respondeu: “Nós que somos médicos espiritualistas, acreditamos que na espiritualidade o paciente estará amparado duplamente. Facilita muito. Como médico, você trabalha para o bem, você está totalmente amparado pela espiritualidade maior. Logo se é conduzido, intuído, para a melhora daquele paciente”, afirma.
Valter Nunes, no entanto, alerta que as coisas não devem ser misturadas: a cirurgia espiritual não deve ser realizada no consultório, mas sim, no centro espírita. “Quando conduzo um paciente para a cirurgia espiritual é porque a medicina convencional já esgotou todos os meios. Tanto de diagnóstico como de tratamento. Tem que haver também consciência do paciente. Mas isso é apenas se o paciente aceitar, se não, claro que não se encaminha ele. Não se pode misturar as coisas, porque o CRM pode até ser cassado”, alerta.
Conheça casos que teriam dado certo
Bariátrica:
A pedagoga Reginete Ramos conta que não conseguia emagrecer e, que após uma ‘bariátrica espiritual’, perdeu 12 kg em dois meses. “Eu fiz uma bariátrica há dois meses e já perdi 12 kg. Pesava 100kg. Adquiri uma qualidade de vida. As pessoas observam que você está bem melhor. Passei o verão inteiro sem conseguir usar uma peça do meu guarda roupas. Depois da cirurgia, não precisei comprar uma peça para o São João, porque todas estavam dando. Você sente que realmente modificam seu corpo quando o médium age. Depois que fiz a cirurgia não consegui comer como comia antes. Só o recomendado”, relata ao VN.
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Sobre a preparação, Reginete contou apenas que após o procedimento não poderia ingerir álcool, nem comidas sólidas durante um mês, só líquido. “Não adianta tentar forçar, porque você não consegue comer. Eu pesava 100 kg, já havia tentado medicina convencional, vigilantes do peso, tudo que imaginar e não tive resultado”. Questionada sobre se sentiu dor, a pedagoga esclarece: “Fica marcado no seu corpo que você fez algo. Não é bem uma dor, mas algo mudou”.
Sobre a possibilidade de a mudança física ter sido algo de caráter psicológico, ela refuta: “Impossível. Não sinto a mesma fome de antes”, disparou.
Ortopedia:
A estudante Júlia Vidal, conta que usou bota durante muitos anos quando criança, mas não houve resultado. “Usei, mas não adiantou. Os médicos me disseram que eu não andaria depois dos meus 18 anos, então minha mãe me levou ao centro espírita que nós já frequentávamos para que eu fizesse a cirurgia. Eles me colocaram numa maca e realizaram o procedimento que foi basicamente eu me concentrar, dormi no momento, mas, me vendo durante a cirurgia”.
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Ela conta como foi o procedimento: “Ele [o ‘cirurgião espírita’], colocava a mão no meu joelho e fazia cortes com a mão. Parecia que estava usando um aparelho, mas não sangrava, nem me abria, nem existia nenhum tipo de ponto, marca, ou cicatriz. Hoje ando normalmente”.
Septo Nasal
O advogado Marcelo Mendes, seguia com dificuldades respiratórias e optou por tentar a cirurgia espiritual antes de se submeter a cirurgia convencional “para vê se dava certo”. “Eu estava com uma narina inutilizada. Meu desvio de septo era tão acentuado para o lado direito, que me fazia roncar. Então uma amiga que frequenta um centro, me disse que lá fazia essa tal cirurgia e sugeriu que eu fizesse antes de operar como o médico havia recomendado. Resolvi fazer e o resultado foi muito bom. Estou realmente bem”.
“Durante o processo, o médium enfiou um instrumento médico no meu  nariz e girou durante um tempo. Senti um pequeno incomodo e sangrou um pouco. Em seguida foi colocado um tampão, que tirei no dia seguinte. Fiquei ainda um tempo sem notar diferença, mas logo depois pude respirar bem melhor”, conta.
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