Ainda é um mistério a causa do acidente que matou o motorista de um ônibus e 17 universitários que voltavam para casa depois da aula, na noite da quarta-feira (8), na rodovia Mogi-Bertioga, em São Paulo. Um dos sobreviventes disse que, em várias curvas antes da batida, o motorista estava tentando controlar a direção. Era para terminar em São Sebastião, mas a viagem acabou no meio da serra. O ônibus fretado levava, de volta para casa, estudantes de faculdades de Mogi das Cruzes.
Catorze passageiros e o motorista do ônibus morreram na hora. Outras três vítimas morreram nos hospitais. De acordo com o delegado que investiga o caso, ainda não se sabe por que o motorista perdeu o controle da direção. Ele invadiu a pista contrária, tombou, bateu num paredão de rocha e caiu numa valeta. Vanderson, de 24 anos, estava dentro do ônibus: “Deu pra perceber antes do ônibus capotar. Creio eu que o ônibus ficou sem freio. Ele fez umas seis, oito curvas tentando ver se conseguia dominar o ônibus mesmo”, afirma.
Vanderson conta que nesse momento, o pânico tomou conta dos estudantes: “Foi uma sensação de estar numa montanha-russa. O pessoal começou a gritar, aí uns começaram a gritar: põe o cinto, põe o cinto! Aí eu peguei, já coloquei o cinto, na hora que eu senti que o ônibus ia bater no meio fio, eu agarrei com força na poltrona e foi uma pancada só. Fez aquele barulhão”.
Um grupo que viajava pela rodovia passou no local logo depois do acidente. Em um áudio, uma mulher que também passou por ali, se desespera: “Tem muita gente morta, muita gente chorando, tem muita gente gritando pra sair de dentro do ônibus... Gente, que horror”.
Os bombeiros chegaram e quase viraram vítimas de outro acidente. Um caminhão perdeu o freio e bateu num dos carros que faziam o socorro. Ninguém se feriu.
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